Ele já fez faculdade de Marketing, três períodos, depois tentou Publicidade, por cinco, enfim se encontrou como jornalista, estudou, se formou mas trabalha no meio alternativo, embora leve a sério sua profissão, fica claro que seu forte mesmo é a música.
São
mais de 25 anos de estrada, começando, como a maioria dos que iniciam
nessa vida, tocando em barzinhos, voz e violão, chegou até a montar uma
banda em 1989, mas o projeto mal durou um ano. Veio crescendo e ganhando
destaque, inclusive, como intérprete de grandes nomes da música
brasileira como Legião Urbana, João Bosco, Uns e Outros, Lulu Santos,
Cazuza entre outros mais, sua voz grave e ao mesmo tempo suave pode ser
ouvida regularmente por aí, em barzinhos, teatros, palcos de grandes
shows com apoio da mídia goiana, inclusive, não é raro encontrá-o em
páginas de jornais ou tapes de televisão.
Bem, agora, ciente diso, você acompanha a entrevista exclusiva que esse grande artista goiano concedeu para o blog Efervescência, onde ele fala de si, sua carreira e, principalmente, seus planos.
Foi na Adolescência a decisão. Mas a certeza veio por volta dos vinte e poucos anos, quando comecei a pensar no primeiro disco.
Efervescência: Quantos e quais foram seus trabalhos lançados?
1. Sinal dos Tempos 1998
Produzido e Gravado por Ricardo Leão, no Estúdio Fibra, no Rio de
Janeiro-RJ
2. Nas Nuvens 2001
Produzido por Marconi Henrique, no Midistúdio, em Goiânia-GO
3. O Primeiro dos Melhores Dias de Nossas Vidas – 205
Produzido por Fausto Noleto, no estúdio Pop, em Goiânia-GO
4. CD e DVD Henrique de Oliveira Ao Vivo 1998-2010.
Produzido por Front Jr, gravado ao vivo no Teatro Pyguá, do Centro
Cultural Martim Cererê, em 2010.
5. Acabo de gravar o DVD Henrique de Oliveira ao vivo, acústico, com 11
músicas inéditas. Produzido por Henrique reis e Gravado ao vivo, com
banda, no Estúdio Barra Veiga Jardim, em Goiânia-GO.
Efervescência: Você faz muitos tributos a outros grandes nomes da música brasileira, como você enxerga a influencia deles?
Total, minha música é feita de minhas experiências. Assim, elas têm minhas histórias e surgem sempre com componentes daquilo que ouço. Mesmo aqueles dos quais não produzi shows de interpretação como: Boca Livre; Sá, Rodrix e Guarabira; Vinícius de Moraes; Lenine; Paulino Moska; e ainda os companheiros daqui, como: Nilton Rabello; a musicalidade de todos inspira a minha.
Efervescência: Como você define seu momento atual da música goiana?
Muito bom. Muito trabalho. Intimamente, tenho produzido bastante, compondo, fazendo projetos que deverão ser postos em prática no futuro. Estou feliz, isso é o que faz a vida valer!
O mercado está péssimo. Fala qualidade, conteúdo, falta comprometimento
social por parte de quem produz e de quem faz a música. Mas, se não
comprassem, ninguém produziria o que se vê por aí. Portanto, há boa
parcela de culpa dos pais no que os jovens ouvem hoje.
Em minha casa não
entra nada que não seja de conteúdo respeitoso, não estou falando de
estilo, mas de conteúdo, de moral, de respeito ao próximo. Faltou isso,
explico para minhas filhas, que ainda não têm condições de julgar por
si, e dou sumiço na “coisa”.
Efervescência: Quando você olha para trás, qual o balanço que você faz da sua carreira até aqui? Muito boa! Muitas oportunidades, muitos amigos, muitos projetos, muitas experiências de vida. Extremamente positiva!
Efervescência: Como é o Henrique de Oliveira fora dos palcos?
Um cara normal. Sou pai, marido, jornalista na Embrapa, ranzinza com as
discussões do óbvio, não bebo, não fumo, tenho religiosidade (sou
espírita e trabalhador no Grupo Espírita “Deus, Cristo e Caridade”),
pratico esporte. Um cara normal, cheio de defeitos como a média, mas um
buscador do ajuste íntimo.
Gosto da Céu, sou fã do Nilton Rabello, gosto das composições do Beto
Cupertino, do Violins, gosto de Lenine. Há muita coisa boa. Acho que a
música é rica, o problema está no que o povo compra, no que se produz e
no que a mídia divulga.
Efervescência: Com o advento desses novos tempos, ainda é possível viver só da música?
Sim, mas para poucos, pois o mercado não tem espaço para tantos. Mas eu
vivo de música, apesar de ter profissão paralela, a música me dá boa
grana. Mas, o mais importante, é que viver de música, como interpreto
essa expressão hoje, é alimentar a alma com a música. Nesse quesito, eu
sempre vivi e sempre viverei de música.
Nenhuma, eu sou o mesmo em tudo que faço e sou. Gosto de interpretar e
de cantar com a mesma intensidade. Sou autodidata, nunca estudei nada de
música. Aprendi os primeiros acordes quando tocava trompete, na banda
do Colégio Lyceu de Goiânia, onde também o coração foi pego pelo violão e
pelo “cantar”. Ali, contemporâneo de Nila Branco e Marco Antonini, além
de parcerias com Fausto Noleto, fui desenvolvendo o talento e deu no
que deu. Não me considero um grande músico ou artista, mas o que eu sou é
verdadeiro, nunca mudei. O que faço é a minha verdade.
Encarar o que vier, desde que seja positivo. Não penso nunca em parar.
Portanto, meus planos são: seguir em frente e trabalhar, para ver no que
dá. Foi assim, com trabalho que conquistei o que tenho, assim será
sempre.
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